terça-feira, 14 de junho de 2011

E pra variar lá vou eu novamente, mais uma vez assim...

Não aprendi


Não aprendi a esquecer
Por mais que eu tente
Por mais que eu experimente
Por mais que o destino me obrigue
Não aprendi a esquecer

Juntamente com essa dor 
Que carrego cravado em meu peito
Como um cancêr na alma
Que me arranca o ar
E sufoca minha fala

O que é o filme da vida senão?
Uma longa sequência de momentos
Em que sorri, em que sofri
Em que chorei, em que gozei
Momentos que se acham perdidos
Porém não esquecidos

Momentos sozinhos, 
Momentos com família e amigos
Momentos com desconhecidos
Cujo a imagens de seus rostos
Também puderas, Eu esqueci.

Mas não esqueci de seu rosto,
Do seu olhar e sua fala,
De como seus olhos me acusavam
Amor e repúdio.

Por mais que tudo agora
Me pareça uma farsa
Uma utopia que adoece a alma
O vazio que eu sinto
Não aprendi a esquecer.

Assim eu seguirei
Nem sempre com palavras e solidão
Esperando o momento (ou alguém)
Que me ensine a esquecer.

Ou apenas aguarde
O tempo me dizer
Que não aprendi a esquecer.

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